ViajaPET - Viagem pela região Noroeste do estado

A ideia inicial da viagem, realizada pelo bolsista Peterson Rodrigues, era explorar um dos conjuntos de arqueologia histórica mais importantes situado em terras brasileiras, as Missões Jesuíticas. O roteiro estava definido com visitas à catedral Angelopolitana e seus remanescentes arqueológicos encontrados em 2006, que descortinaram a existência de inúmeros materiais utilizados no tempo da missão, bem como parte do piso da redução.

O roteiro seguiu seu curso natural. As visitas à catedral Angelopolitana, construída em 1706 na Redução de San Angel Custódio, iniciou a excursão. A estrutura vista hoje, por centenas de visitantes e pesquisadores da arte e da arquitetura barroca missioneira, foi edificada em 1929, mas a presença do templo é anterior a esta data, conforme extraído dos remanescentes arqueológicos. Além de seu típico uso de pedras em blocos, para a estrutura, o interior da catedral nos reserva um vasto acervo sacro confeccionado em madeira, que vão desde a via sacra até às imagens de altares.


             Catedral Angelopolitana – Arquivo Pessoal


         Interior da Catedral Angelopolitana – Arquivo Pessoal

A visita à Redução de São Miguel, a mais rica em remanescentes, nos possibilita vislumbrar desde a organização política desses povos, até a organização social, que inevitavelmente se colidiu com a cultura trazida pelos espanhóis e se reconstituiu em singular civilização. Para o ingresso no parque é necessário comprar um bilhete disponível na portaria do Sitio Arqueológico de São Miguel Arcanjo (com desconto de 50% para estudantes). A redução conta também com um espetáculo noturno, chamado som e luz, onde são projetados nas paredes da construção um pouco dessa história jesuítica.


Ruínas do Sitio Arqueológico de São Miguel Arcanjo – Arquivo Pessoal


       Cemitério – Lado direito da edificação – arquivo pessoal


    Sino da Igreja de São Miguel – Arquivo do museu das missões.

A região missioneira, com sua monumentalidade e ruínas, é desde 1937 uma área preservada pelo IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico Artístico e Nacional, e em 1983 foi declarada patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade pela UNESCO, devido à sua extrema importância para a historiografia do povo jesuítico-guarani.

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