"Solidão" e "Não te amo mais", de Clarice Lispector
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Por Bruna Espíndula Analisei dois poemas da escritora Clarice Lispector: “Solidão" e "Não te amo mais”. O que mais me chamou a atenção, além do sentimento de “solidão”, é o fato de que o adulto sofre com o amor de uma forma singular: ao mesmo tempo que viver sem ele traz tristeza, esses sentimentos parecem andar junto com a felicidade, sendo eles dependentes uns do outros. Outro aspecto que está presente em seus trabalhos é o adulto como um ser triste e solitário, ideia que Clarice coloca em uma entrevista para Júlio Lerner, na TV Cultura, em 1977. Solidão Que minha solidão me sirva de companhia. que eu tenha a coragem de me enfrentar. que eu saiba ficar com o nada e mesmo assim me sentir como se estivesse plena de tudo. Para Clarice, a criança se diferencia do adulto porque possui a “fantasia solta”. Nesse sentido, a criança não convive com as amarras e os dogmas próprios da sociedade adulta, pois está imersa no seu mundo de fantasia, o que possibilita escapes da reali...