Precisamos falar sobre a morte e o morrer

No dia 11 de abril, os alunos do Curso de Psicologia, por meio da disciplina de Psicologia Hospitalar, ofereceram uma aula aberta no Campus II da Universidade Feevale com o tema "Precisamos falar sobre a Morte e o Morrer". Foram oferecidas nove oficinas durante a noite, pelas quais passaram mais de 250 acadêmicos de diferentes cursos da universidade.
As bolsistas PET, Angélica e Paula, participaram da atividade com a Oficina "Como assim morreu?", na qual a proposta foi informar sobre como falar de morte e de morrer com crianças.


Alunos da disciplina na foto de encerramento da aula aberta e em algumas das oficinas oferecidas. Créditos: https://www.facebook.com/psicologiafeevale/?fref=ts


Alunos da disciplina em suas oficinas. Créditos: https://www.facebook.com/psicologiafeevale/?fref=ts

Bolsistas PET, Paula e Angélica, com seus colegas da Oficina "Como assim morreu?"

Falar sobre a morte se tornou um tabu ao longo do tempo, porém é importante lembrar que a morte faz parte de nossa vida, e que não há como evitá-la. Sendo assim o intuito de oferecer as oficinas, durante a aula aberta, foi o de propor um pensar sobre a Morte e o Morrer, de uma forma acolhedora e tranquila, para que se torne possível derrubar as barreiras que nos impedem de tocar neste assunto.

Se você não pôde participar da aula aberta, abaixo seguem algumas dicas da Oficina "Como assim morreu?":

  1. Converse com a criança no dia a dia sobre o assunto, explore situações cotidianas para explicar a criança sobre a morte e a perda. Utilize, por exemplo, um brinquedo que quebrou e pelo qual a criança tinha apreço, uma planta que morre também é um momento em que o assunto pode ser abordado. Nesse sentido, a perda de um animal de estimação pode ser um momento chave para explicar para a criança sobre os rituais da morte. A criança pode e deve chorar e sentir-se triste pelas perdas, é importante deixar claro para ela que é normal sentir-se assim;
  2. Não use metáforas com as crianças, como: "Ele foi para o céu", "Foi fazer uma viagem muito longa", "Está dormindo", "Vai voltar logo", "Virou uma estrelinha". Fale o que aconteceu, pois as crianças são muito concretas, use palavras simples;
  3. Fale na medida da curiosidade da curiosidade da criança;
  4. Utilize histórias infantis: livros ou filmes (Bambi, Embusca do vale encantado, O Rei Leão, etc) que trazem a morte e perda em seu enredo, e aproveite a oportunidade para explicar sobre o assunto.
  5. O mais importante é sempre falar a verdade, use uma linguagem clara e explique com calma, e não deixe de responder aos questionamentos da criança.


E então... vamos falar sobre morte e morrer?

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

"A chegada" e o amor fati de Nietzsche

Uzumaki: O terror em espiral de Junji Ito

Resenha do livro "Vidas desperdiçadas" de Zygmunt Bauman