Exposição sobre a Arte Moderna brasileira é instalada no Iberê Camargo

Duas amigas - Lasar Segall.

     Desde 24 de junho está instalada na Fundação Iberê Camargo, em Porto Alegre, a exposição Arte Moderna na Coleção da Fundação Edson Queiroz. A exposição já passou pela Pinacoteca de São Paulo e pela Casa Fiat, em Belo Horizonte, e será em encerrada em Curitiba, no Museu Oscar Niemayer. Nós do PET já estamos nos preparando para ir apreciar essa exposição, que fica em Porto Alegre até o dia 16 de outubro, e integra  76 das mais significativas obras criadas por artistas brasileiros entre as décadas de 1920 e 1960. Abaixo, leia na íntegra, o guia da exposição, divulgação da própria Fundação Iberê Camargo:




Na Fundação Iberê Camargo - nesta etapa com curadoria da historiadora de arte Regina Teixeira de Barros -, o percurso inicia com Duas Amigas, pintura referencial da fase expressionista de Lasar Segall e percorre os chamados anos heroicos do modernismo brasileiro, trazendo obras de Anita Malfatti, Antônio Gomide, Cícero Dias, Di Cavalcanti, Ismael Nery, Vicente do Rego Monteiro e Victor Brecheret. 


A segunda geração modernista, que desponta na década de 1930, está representada por artistas como Alberto da Veiga Guignard, Cândido Portinari, Ernesto De Fiori e Flávio de Carvalho. Deste período, merecem destaque Alfredo Volpi e José Pancetti que, além de comparecerem com um número significativo de obras na Coleção da FEQ, estabelecem uma transição entre a pintura figurativa e a abstração, apresentada na sequência. 

O núcleo da exposição dedicado à abstração geométrica – tendência que desponta nos últimos anos da década de 1940 e se consolida na década de 1950 – abrange pintores do grupo Ruptura, de São Paulo, e artistas dos grupos Frente e Neoconcreto, ambos do Rio de Janeiro. Alguns dos nomes presentes nesse segmento são: Amilcar de Castro, Franz Weissmann, Hélio Oiticica, Hércules Barsotti, Luiz Sacilotto, Lygia Clark e Willys de Castro, entre outros. Dois pioneiros da arte cinética participam deste segmento: Abraham Palatnik, com um objeto cinético, e Sérvulo Esmeraldo, com um Excitável. A exposição reúne ainda uma seleção de artistas que não aderiram a nenhum grupo, mas que adotaram uma linguagem abstrato-geométrica singular, mesclando-a com um certo lirismo. Destacam-se, nessa seção, os pintores Antonio Bandeira, Maria Helena Vieira da Silva e Maria Leontina. 

A última sala da mostra é consagrada à abstração informal e encerra a exposição com a pintura Vermelho e Preto, assinada por Iberê Camargo em 1968, criando um vínculo entre Arte moderna na Coleção da Fundação Edson Queiroz e a Fundação Iberê Camargo.

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